07/09/2009
Por esta e por outras é que cada vez menos turistas vão para o Algarve.
Não quero aqui apresentar um discurso xenofobo ate porque assaltos sempre houve e violencia tambem mas o Povo Portugues não é por natureza um Povo selvagem.
O Algarve continua a dar uma boa imagem de marca para o estrangeiro, que confirmando com os dados do turismo este verão nota-se bem porque é que cada vez menos turistas escolhem o Algarve para passar ferias.Se não resolverem o problema de insegurança mudando a lei e dando melhores condições ás policias ,daqui a uns tempos o nosso País nem com o turismo se safa, ficamos destinados a lixeira mundial onde os unicos turistas que vem para ca são os foragidos á lei.
Portimão: Vítima abandonada de madrugada numa poça de sangue
“Vou acabar já com ele, cara!”
"Vou acabar já com ele, cara!" "Não, Jorge, não mata ele aqui!" Duas vozes alteradas, sotaque brasileiro, fizeram Ernesto Belchior, que dormia ali perto, acordar na madrugada de ontem em sobressalto. Pouco passava das 04h00 e a vítima, homem de 40 a 50 anos, morria no passeio que ladeia a ria de Alvor, em Portimão, junto à antiga lota. Foi espancado a pontapé, já no chão – crime presenciado por um inglês, de binóculos, a partir de um barco. No final, os dois homicidas "riram-se", conta ao CM Ernesto Belchior.
Pouco depois, o cadáver da vítima era encontrado no local, com marcas de agressão violenta na cabeça e no corpo. A Polícia Judiciária foi chamada, o corpo acabou por ser recolhido e a testemunha ouvida depois das 12h20, quando os inspectores a foram buscar: 'Vi os dois homens a pontapearem violentamente a vítima', que já não se levantou mais', recorda ao CM o inglês, que viu tudo com os binóculos.
Duas poças de sangue no local indiciam que a vítima, que se presume ser estrangeira, terá sofrido uma primeira agressão e tentado escapar, vindo a ser morta uns escassos 20 metros à frente, supostamente a pontapé.
Ernesto Belchior diz ter visto os suspeitos ao longe, no local do crime, e terão entre 20 e 30 anos, ambos de estatura média. 'Vi um deles correr depois de ter dito que ia matar a vítima e, em seguida, ouvi-os a rir.'
As autoridades ainda desconheciam ontem à tarde a identidade da vítima. A GNR de Portimão foi a primeira a chegar à zona ribeirinha de Alvor, depois de ter sido alertada por uma chamada telefónica anónima, apurou o CM junto de fonte do Comando – e, no local, os militares pediram ajuda a um antigo pescador, para saber se se tratava de alguém conhecido ou residente na zona. A resposta foi negativa.
O corpo do homem, aparentemente estrangeiro, foi transportado para o Gabinete de Medicina Legal de Portimão, onde deverá ser hoje autopsiado, para se apurar ao certo as causas da morte.
CADÁVER SEMINU ESTAVA DEITADO DE COSTAS
O cadáver do homem assassinado encontrava-se seminu, apurou o CM junto de um pescador que viu o corpo. 'Ele tinha apenas umas ceroulas brancas vestidas e estava deitado de costas, com o tronco nu e a cara e os braços cheios de sangue', descreveu João Pedro Pacheco, que se sentiu 'esmorecer' com aquilo que presenciou ontem de manhã.
'Eu ia para o rio e a GNR viu-me passar e perguntou-me se eu era capaz de olhar para o corpo, para ver se era alguém conhecido, e eu lá fui. Mas estou convencido de que não se trata de um filho de Alvor. Era baixo e, pelo aspecto, parecia estrangeiro, com cerca de 40 a 50 anos', recorda o pescador.
Outras pessoas referiram ao CM, no local, que a vítima vestia 'uma espécie de calções compridos'. Todas elas referiram a existência de muito sangue no cadáver e no chão.
'VI-OS A DAR VÁRIOS PONTAPÉS NA VÍTIMA'
O homicídio foi testemunhado por um inglês, Edward, residente em Alvor, que se encontrava no interior da sua embarcação, ancorada na ria, em frente à antiga lota: 'Ouvi muito barulho na margem, pelas 04h00, e peguei nos binóculos para ver o que se passava. Vi dois homens a dar vários pontapés violentos na vítima, a qual, pelos movimentos dos agressores, já estaria caída no chão ', revelou ao CM.
A testemunha, que ontem de manhã foi ouvida pela Judiciária, disse ter 'ficado algum tempo à espera que o agredido se levantasse depois de os outros se terem ido embora, mas isso não aconteceu'.
PORMENORES
INVESTIGAÇÃO
A Polícia Judiciária de Portimão procedeu ontem de manhã à recolha de indícios na zona ribeirinha, tendo ouvido ainda alguns testemunhos.
PASSEIO ILUMINADO
O passeio junto à ria de Alvor, onde o crime ocorreu, está bem iluminado. O corpo foi encontrado estendido entre dois bancos e perto de um candeeiro.
POPULAÇÃO CHOCADA
Residentes de Alvor comentavam ontem o homicídio e mostravam-se muito chocados.
O homem que foi assassinado na madrugada de domingo junto à ria de Alvor é o empresário irlandês Paul Houston, de 51 anos e pai de quatro filhos. Tal como o CM noticiou na edição de hoje, o crime foi perpetrado por dois homens de sotaque brasileiro que espancaram a sua vítima.
Num comunicado divulgado pelo seu advogado, a família de Paul Houston disse estar em choque com a morte do empresário, dono da sapataria Houston's Shoes, em Londonderry.
O cidadão da Irlanda do Norte estava a passar férias no Algarve com a mulher e um casal de amigos. Neste momento a viúva está a ser ouvida pela Polícia Judiciária de Portimão.
'Paul era uma pessoas muito especial e a sua perda devastou a família, os seus muitos amigos e a comunidade em que ele vivia', lê-se no comunicado da família.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário