BEM VINDO! Aviso á tripulação! Aqui inicia-se mais um blog neste oceano tão vasto que é a Blogoesfera.Aqui irão ser trazidos e comentados varios assuntos que acho que sejam de salientar. Sintam-se á vontade para participar ,falem bem ou falem mal mas falem Então apertem os cintos.Vai-se iniciar a viagem. .

01/12/2009

Olha quem fala


Ja todos passamos por esta fase so que retivemos pouco dessa experiencia na nossa memoria.Ficam aqui alguns dados cientificos que nos ajudam a desvendar esta fase da vida que é a inicial.Talvez com isto se dismistifique a ideia que se tem de tratar as crianças como retardadas para que elas compreendam a nossa linguagem e comunicação.

O que vai na cabeça dos bebés

Estudos científicos recentes revelam que o mundo privado de uma criança durante o primeiro ano é bem mais complexo do que se suspeitava.

Sim, os bebés são capazes de organizar informação e tirar conclusões sobre o mundo que os rodeia. Prova – científica e nem um pouco manipulada pelo amor maternal – disso mesmo é a surpresa que revelam diante de truques de Física que ‘mexem’ por exemplo com a gravidade.

Prenda-se um objecto ao tecto usando um fio transparente de modo a parecer que fica em cima da mesa. De seguida arraste-se a mesa. Um bebé de três meses ficará deveras surpreendido por ver que o objecto continua no mesmo sítio. Esconda-se agora atrás de uma cortina um brinquedo que desaparece assim que aquela se abre. Mostre-se por fim um comboio que, através de animação digital, atravessa um muro sem o deitar abaixo. ‘Não pode ser!", disseram as expressões dos bebés que participaram em tais experiências realizadas, pela psicóloga Elizabeth Spelke, na Universidade de Harvard, nos EUA. Os resultados demonstram que uma criança de três meses tem noções de gravidade (o objecto devia cair quando a mesa é arrastada), continuidade da matéria (o boneco não devia desaparecer atrás da cortina) e solidez (o comboio devia destruir o muro quando o atravessa).


O BEBÉ FILOSÓFICO

"Os estudos científicos mostram que os bebés são abertos às experiências e aprendem com facilidade. Essa capacidade implica um nível bastante elevado de consciência do que aquele, bastante limitado, que antes lhe atribuímos", escreve a psicóloga americana e professora na Universidade da Califórnia Alison Gopnik no livro, ainda não publicado em Portugal, ‘The Philisophical Baby’ (‘O Bebé Filosófico’), que compila os mais recentes estudos de neurocientistas, psicólogos e linguistas sobre a matéria.

Até aos quatro meses os bebés vêem o mundo em tons de cinzento –
Com dois meses os bebés são capazes de reconhecer uma sequência de luzes, de maneira a antecipar a que vai acender-se de seguida. Ou seja, têm memória eficaz. Memória absolutamente físico-sensorial, sem linguagem, relacionada por exemplo com o olfacto.

"AO EXECUTAR TAREFAS, ELES ESTRUTURAM O PENSAMENTO" (Mário Cordeiro, pediatra e autor de ‘O Grande Livro do Bebé’ e de o ‘Livro da Criança’)

- Os bebés com menos de um ano pensam?

- Pensam, raciocinam e fazem um excelente uso de todas as formas de pensamento, na gestão do dia-a-dia, criatividade, estratégias para fazer prevalecer a vontade e para fazer chegar a água ao seu moinho – a Ciência mostra que se pensa logo desde a barriga da mãe.

- Como sabemos se eles pensam e em que pensam?

- A observação das atitudes, comportamentos e respostas permite extrapolar isso. Saber no que estão a pensar é mais difícil nas primeiras semanas, mas podem adivinhar-se as áreas: fome-comida, angústia-conforto, frio-agasalho, etc. Um pouco mais tarde, o bebé já mostra claramente, de um modo objectivo, aquilo em que está a pensar.

- Como é que eles pensam, atendendo a que associamos pensamento a linguagem e eles não falam?

- Pensar não é falar. Falar é uma das muitas formas de comunicar, pensar é elaborar uma informação, um conhecimento, um sentimento, um raciocínio para gerar uma nova conclusão. E o bebé, ao executar as suas tarefas, ao brincar, sorrir, chorar... está a pensar e a estruturar-se a cada pensamento.

- Os bebés distinguem emoções, como alegria e tristeza, nos outros?

- Sim, desde a barriga da mãe – as grávidas sabem bem que, ao comer um pastel de nata, o feto dá "pulos" de contente e mexe-se muito. E os bebés a quem a mãe sorri, sorriem. Se a mãe fizer "cara feia", eles ficam parados, fazem beicinho e depois choram.

CÉREBRO SOFISTICADO

Um recém-nascido é capaz de ver e ouvir, bem como de perceber e reconhecer cheiros. Está longe de assemelhar-se a uma folha de papel em branco. Mesmo se o desenvolvimento infantil é lento e pausado, o cérebro de uma criança durante o primeiro ano de vida tem, comprovadamente, capacidades sofisticadas.

ZERO A TRÊS MESES: CONHECE O CHEIRO DA MÃE

Reconhece o cheiro e a voz da mãe. Vê com nitidez à distância que a mãe lhe fala. Tem bom olfacto. Ouve bem. Prefere desenhos a preto e branco.

QUATRO A SEIS MESES: DISTINGUE CORES E ROSTOS

Incorpora cores: azul, roxo, amarelo. Prefere os sabores doces. É fascinado pelo rosto dos que o rodeiam, no qual descobre emoções e sentimentos.

SEIS MESES: LIDA COM A AUSÊNCIA DA MÃE

Pode ficar sozinho porque percebe que o facto de não ver a mãe não significa que ela não esteja perto. Aceita a ausência desde que a ouça amiúde.

SEIS A OITO MESES: SABE QUAL É A HORA DA COMIDA

Reconhece os horários da comida e fica na expectativa. Explora o mundo com as mãos. Reconhece aqueles que identifica com os seus objectos.

OITO A DEZ MESES: RECONHECE O PRÓPRIO ROSTO

Antecipa situações. Sabe, por exemplo, que a mãe vai sair quando veste o casaco. Com dez meses distingue e reconhece o seu rosto no espelho.



PERTO

Um recém-nascido é capaz de encontrar um objecto que se desloca e de segui-lo.

LONGE

O desinteresse pelo que vê ao longe pode resultar de não ter memórias e logo termo de comparação.

SONHOS

Neurobiologia prova que os bebés sonham. O sono REM, ligado ao sonho, aparece antes do fim do primeiro ano.

VOZ

Criança é especialmente sensível à voz humana. Também assim detecta angústia e inquietação
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