11 de Setembro -O dia que mudou o mundo

Faz hoje 8 anos que o mundo assistiu ao maior acto de terrorismo em solo norte americano.Ja muito se falou e escreveu sobre o dia 11 de Setembro de 2001, o dia que mudou o mundo como muitos o alcunham.Um dia que todos recordaremos pela catastrofe e pela especulação gerada em torno do acontecimento e futuras repercursões politico-sociais que se sentem ate hoje.Melhor do que ninguem falam os relatos de quem viveu esse dia de perto conforme adianta o Dn.

Cada vez que falo nisso até me arrepio. Das nossas janelas viam-se as torres, naquele dia só se via fumo", afirma Élia Rodrigues. E adianta: "Foram dias horríveis, com a cidade vazia, sem gente, sem carros." A hoje directora do ICEP em Berlim, ao recordar aquela terça- -feira de 11 de Setembro de 2001 em Nova Iorque, onde então vivia e trabalhava não muito longe do Ground Zero, dá ainda conta do "pânico, o medo do que viria a seguir"; daí a fuga de muitos.
E a diplomata conta mais. Conta como os habitantes da grande cidade se humanizaram após a tragédia. "Desde esse dia, as pessoas no prédio onde eu morava, e que dantes mal falavam, passaram a cumprimentar-me mas faziam, invariavelmente, uma pergunta que me arrepiava: "Do you have anyone missing? (Perdeu alguém?)"
"O que me custou imenso foram os funerais", adianta Élia. E explica: "Polícias e bombeiros eram na sua maioria italianos e irlandeses, católicos, portanto. Os seus funerais saíam da catedral de São Patrício que fica mesmo junto à missão [de Portugal junto das Nações Unidas]. Durante dias ouvimos o som das gaitas de foles a acompanhá- -los. Foi horrível! Depois, como ia a pé para o escritório e passava por vários quartéis de bombeiros, havia os cartazes com as fotografias dos que tinham partido."
Mas todo aquele pesadelo não alterou a forma de estar de Élia, que já regressou a Nova Iorque sem pensar em atentados e agora viaja, calmamente, em aviões sem os associar ao terrorismo.
Filipa Monteiro é outra testemunha do 11 de Setembro com quem o DN falou. Trabalhava então numa firma de advogados em Nova Iorque. "A minha cidade." E a emoção é perceptível na sua voz.
"Retenho desse dia sensações apenas. Caos, confusão, incompreensão. O não poder sair por razões de segurança, as imagens de televisão que, a partir de um certo momento, recusei ver", conta. E, no dia seguinte, saiu bem cedo para a rua para sentir a sua cidade. E foi a surpresa perante uma Nova Iorque "tão silenciosa e deserta". Depois, aos poucos, mais gente ia chegando e tinham "choro, cansaço, mas também solidariedade no olhar".
Jorge Neves, o português do Bombarral que tem um restaurante famoso "a 15 minutos" das Torres Gémeas, foi das poucas pessoas que souberam da tragédia muitas horas após ter acontecido. Mas nunca a esquecerá. Não porque tenha, então, perdido alguém mas porque "financeiramente foi um desastre".
"Só depois do Inverno comecei a recuperar. Antes não havia ninguém; não havia clientes, só aquele cheiro e a má energia", diz. Cheiro? O empresário hesita mas acaba por o definir: "A morgue e a mofo."
Seixas da Costa era, então, o embaixador de Portugal junto da ONU. Ao DN, recordou como tudo foi "uma surpresa muito grande" e a "incredulidade" face à queda das torres, que consideravam indestrutíveis, depois, a fuga, as pessoas que procuravam pôr os filhos a salvo fora de Nova Iorque.
O diplomata regista o carácter "maniqueísta dos debates, de que era afastada qualquer explicação racional. O ambiente tornou-se algo belicista". "Há uma América do antes e do depois", afirma Seixas da Costa, recordando como após o 11 de Setembro os "valores da liberdade" estiveram em perigo.
E a ida ao Ground Zero? "Só lá fui meses depois. Havia algo mórbido nas visitas que não me apeteceu alimentar", explica.

Os Estados Unidos por sua vez comemoram os 8 anos apos o atentado terrorista com jornada de solidariedade.

Jornada de solidariedade assinala 8 anos dos ataques nos EUA
Oito anos após os ataques de 11 de Setembro de 2001 nos Estados Unidos, os norte-americanos vão assinalar o dia à escala nacional graças a legislação assinada em Abril pelo Presidente Barack Obama, instaurando uma jornada de solidariedade nacional.
Assim, em memória das vítimas e ao abrigo desta legislação, estão previstas campanhas de ajuda em redor do país, como por exemplo em Seattle, onde cerca de 4 000 funcionários da Microsoft vão trabalhar em projectos de restauração de casas pobres e renovar um centro infantil.
Em Washington, mais de 2.000 voluntários vão trabalhar em mais de 65 projectos, a maior parte envolvendo ajuda a mutilados e feridos das guerras do Iraque e Afeganistão.
Em Nova Iorque, o Presidente da Câmara, Michael Bloomberg, vai participar no ritual anual no "Ground Zero", onde serão lidos os nomes de 2.752 pessoas que morreram na destruição das duas torres do World Trade Center.
Uma vigília na Igreja da Trindade, próximo do local, terá lugar durante a madrugada.
Entidades oficiais disseram que são esperadas centenas de pessoas no memorial erguido nos terrenos do Pentágono em memória das vítimas ali registadas quando um avião se despenhou contra o edifício.
Um quarto avião despenhou-se numa zona rural da Pensilvânia, num local adquirido em Agosto pelo governo federal por 9,5 milhões de dólares para se erigir um monumento às vitimas.

"Loose Change ".

Um polémico documentário sobre o 11 de Setembro. Este documentario apresenta informações ocultadas pelos politicos,evidências científicas e testemunhos dos sobreviventes.

Na minha opinião os serviços secretos dos Estados unidos lançam muita informação ca para fora com o apoio das novas tecnologias como a internet numa tentativa de ofuscar determinados factos e confundir a opinião publica e a investigação a um ponto que nunca se consiga descobrir o que é verdade e mentira.Mas nem que tenha so 1% de veracidade qualquer teoria da conspiração merece ser investigada.Para comemorar este aniversario deixo-vos aqui o documentario e retirem as vossas proprias analises e conclusões.