Alguns idosos vivem em verdadeiro isolamento"
Entrevista a Maria Vacas, da Associação de Apoio à Vítima (APAV).
Têm chegado à APAV muitos idosos cuja reforma é entregue aos filhos?
No ano passado tivemos 647 processos de apoio a idosos (pessoas com mais de 65 anos), o que representa 8% de todos os processos. Alguns são referentes a maus tratos físicos e psicológicos, outros com a questão financeira. Também deparamos com casos de isolamento social e de stresse do cuidador, por não ter preparação para cuidar.
Normalmente são os idosos que se queixam?
Nem sempre. Este é um grupo muito difícil de trabalhar, porque muitas vezes eles sentem-se culpados pelo comportamento dos filhos e têm vergonha de assumir. Só quando há casos de toxicodependência, por exemplo, é que as vítimas sentem necessidade de pedir ajuda. É complicado conseguir sinalizar e acompanhar estes casos.
Há muitos casos de idosos isolados?
Sim. Alguns vivem em verdadeiro isolamento social, não têm relação com os vizinhos ou porque já morreram ou porque não conseguem deslocar-se até eles. E os seus cuidadores também não os levam. Tem de ser feita ainda muita prevenção nas escolas e muito trabalho para evitar este tipo de situação. A violência doméstica é um crime público e tanto o descendente como o ascendente podem ser punidos. Há casos de que não temos conhecimento, porque as pessoas sentem que falharam na relação com os filhos e a própria comunidade aceita medidas como a institucionalização contra a vontade do idoso. Há idosos que são institucionalizados contra a sua vontade.
Entrevista a Maria Vacas, da Associação de Apoio à Vítima (APAV).
Têm chegado à APAV muitos idosos cuja reforma é entregue aos filhos?
No ano passado tivemos 647 processos de apoio a idosos (pessoas com mais de 65 anos), o que representa 8% de todos os processos. Alguns são referentes a maus tratos físicos e psicológicos, outros com a questão financeira. Também deparamos com casos de isolamento social e de stresse do cuidador, por não ter preparação para cuidar.
Normalmente são os idosos que se queixam?
Nem sempre. Este é um grupo muito difícil de trabalhar, porque muitas vezes eles sentem-se culpados pelo comportamento dos filhos e têm vergonha de assumir. Só quando há casos de toxicodependência, por exemplo, é que as vítimas sentem necessidade de pedir ajuda. É complicado conseguir sinalizar e acompanhar estes casos.
Há muitos casos de idosos isolados?
Sim. Alguns vivem em verdadeiro isolamento social, não têm relação com os vizinhos ou porque já morreram ou porque não conseguem deslocar-se até eles. E os seus cuidadores também não os levam. Tem de ser feita ainda muita prevenção nas escolas e muito trabalho para evitar este tipo de situação. A violência doméstica é um crime público e tanto o descendente como o ascendente podem ser punidos. Há casos de que não temos conhecimento, porque as pessoas sentem que falharam na relação com os filhos e a própria comunidade aceita medidas como a institucionalização contra a vontade do idoso. Há idosos que são institucionalizados contra a sua vontade.
Lares carissimos, cambalachos nos Ipps com o fechar dos olhos da segurança social,medicamentos carissimos, reformas de miseria para maioria,falta de educação de algumas pessoas que abandonam os idosos porque são um fardo que não estão para carregar mesmo tendo condições para isso são algumas das razões que levam aos idosos serem muito mal tratados no nosso País.É triste chegar-se a velho e ser-se ignorado quer pelo estado quer pelas familias, e isso ajuda para destruir os alicerces familiares e sociais .
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