
Ainda a procissão vai no adro , um caso que ja dura quase ha 10 anos e com os recursos que os advogados vão levantando possivelmente durara outros tantos.
No fim devem sair todos com pena suspensa e vão continuar a fazer a mesma coisa porque como disturbio que é não lhes deve passar assim tão facilmente.Por falar em escutas telefonicas vale a pena lembrar que quando Paulo Pedroso, o que vai ser agora vereador por Almada e que arrecadou uma indemnização do estado superior a 50mil euros, foi detido tambem foi apanhada uma comunicação entre Ferro Rodrigues onde este dizia que se estava a cagar para o segredo de Justiça, tambem houve uma testemunha do processo que acusou ferro rodrigues mas o processo nunca foi em frente porque Ferro Rodrigues o acusou de calunia.Como não ha fumo sem fogo acho que ha + gente envolvida neste processo do que so o peixe miudo que esta acusado.Não percam os proximos episodios.
Catalina Pestana disse ontem que a descoberta de três chamadas telefónicas entre Ferreira Diniz e Jorge Ritto, em 2001, é um elemento “favorável às vítimas”. A ex-provedora elogiou o trabalho da juíza Ana Peres mas não se mostrou surpreendida com este novo dado, que vai atrasar mais uma vez a leitura do acórdão.
“Se os senhores se conheciam, se havia gente que os tinha visto lá juntos, seria normal que telefonassem uns para os outros”, afirmou Catalina Pestana à margem da apresentação do livro ‘Porquê a Mim’?, escrito por um ex-aluno da Casa Pia vítima de abusos sexuais.
A ex-provedora da instituição, que entretanto fundou a Associação Rede de Cuidadores, não encontra explicações para o facto de as chamadas entre Jorge Ritto e Ferreira Diniz só agora terem sido detectadas, um dado fundamental uma vez que os arguidos sempre alegaram em sua defesa que não se conheciam antes do processo. “Isso eu também não compreendo”, afirmou Catalina, acrescentando: “Parece que há um departamento da PJ especializado em analisar aqueles milhares de chamadas que foram pedidas à PT. A juíza utilizou a velha metodologia do picar um a um e descobriu aquilo que as novas tecnologias não descobriram”.
Sobre a demora do julgamento, a ex-provedora da Casa Pia, que é também assistente no processo, revelou já “não ter quaisquer expectativas”. “Tenho amargura. Podíamos ter tido declarações para memória futura e fomos impedidos por advogados altamente poderosos. Não lhes perdoo isso em nome dos miúdos que nunca mais terão vida”, afirmou Catalina, referindo-se ao incidente de recusa que os arguidos interpuseram contra o juiz Rui Teixeira, em 2003, e que impediu que as vítimas fossem ouvidas em videoconferência antes do julgamento.
Catalina Pestana elogiou a coragem de Bernardo Teixeira por ter escrito o livro ‘Porquê a Mim’?, aconselhando todos os adultos a ler o primeiro relato na primeira pessoa de uma vítima de abusos na Casa Pia.
PORMENORES
540 AUDIÊNCIAS
O julgamento do processo Casa Pia, que teve início a 25 de Novembro de 2004, conta já com a realização de 540 audiências. A próxima sessão está marcada para sexta-feira.
ALEGAÇÕES FINAIS
Nas alegações finais, realizadas em Dezembro de 2008, o Ministério Público pediu a condenação de todos os arguidos a penas de prisão efectivas. Agora vai haver alegações complementares.
SETE ARGUIDOS
O processo de pedofilia da Casa Pia, revelado em 2002, tem sete arguidos: Carlos Silvino, Carlos Cruz, Jorge Ritto, Ferreira Diniz, Hugo Marçal, Manuel Abrantes e Gertrudes.
INOCÊNCIA RECLAMADA
Seis dos sete arguidos do processo reclamam inocência e pediram, por isso, nas alegações finais, para serem absolvidos. A excepção é Carlos Silvino, ex-motorista da Casa Pia e principal arguido – acusado de mais de 600 crimes de abusos – que confessou e pediu pena suspensa.
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