20/10/2009
Saramago malha na Igreja católica
Saramago voltou a cascar na Igreja como acto de promoção do seu novo Livro ‘Caim’.
A Igreja por sua vez casca no Saramago e diz que "Já nos habituámos aos maus costumes de Saramago."O Euro-deputado do PSD Mário David por sua vez malha tambem no Saramago e diz "Tenho vergonha de o ter como compatriota! Ou julga que, a coberto da liberdade de expressão, se lhe aceitam todas as imbecilidades e impropérios?".O mais certo é isto tudo daqui a uns anos acabar em filme e o Saramago ganhar outro Oscar.
A religião por muito que se possa conhecer e discordar dela,é livre e cada um tem direito á sua interpretação.Se Saramago tem o direito de criticar os catolicos tem o direito de acreditar e o Saramago se não concordo so tem que se manter é la pela Ilha,como o Alberto João Jardim.
A Igreja Católica Portuguesa não gostou nada das declarações de José Saramago, anteontem à noite, em Penafiel, na apresentação do livro ‘Caim’.
Perante mais de 500 pessoas, e com um discurso sempre a incidir no Antigo Testamento, o escritor explicou que "as religiões são um instrumento de poder, poder que a Igreja Católica não larga nem à bala".
"Não é contra Deus que escrevo, porque ele não existe. Escrevo contra as religiões que se definem contra a liberdade", disse o Nobel da Literatura português, referindo que "a Bíblia é um manual de maus costumes" e que se deve "manter escondida das crianças".
Sem surpresa, estas palavras foram ontem duramente criticadas pela Igreja, com padres e bispos a considerarem que o escritor revela "ingenuidade", "ignorância" e "má-fé".
Para o padre Manuel Morujão, porta--voz da Conferência Episcopal Portuguesa, "estamos perante um golpe de marketing, já que ele usa a Bíblia para fins comerciais, assente numa leitura linear de uma obra composta por 76 livros e escrita ao longo de mais de mil anos".
"As críticas à Igreja vendem, e ele sabe-o, mas sempre que aborda as temáticas religiosas revela ignorância e falta ao respeito a mais de dois mil milhões de crentes de todo o Mundo", refere o padre Morujão.
Já o bispo do Porto, D. Manuel Clemente, diz que "Saramago, a quem não falta méritos literários – que lhe reconheço – quando faz incursões bíblicas revela uma ingenuidade confrangedora".
O padre João Correia, especialista em Sagrada Escritura, lamenta "a obsessão e má-fé do escritor" e salienta: "Já nos habituámos aos maus costumes de Saramago."
DETALHES
FIGURAS BIBLÍCAS
O novo livro de José Saramago conta entre as suas personagens com "o senhor, também chamado deus", mas também com Adão, Eva e muitas outras figuras do Antigo Testamento.
PALAVRAS POLÉMICAS
Padres e bispos são unânimes em criticar com veemência as palavras de José Saramago. Quanto ao livro ‘Caim’, admitem que a polémica seja menor, por se tratar de uma criação literária.
CRISTO MUITO HUMANO
‘O Evangelho Segundo Jesus Cristo’ é, para os católicos, o livro mais polémico do Nobel da Literatura, sobretudo por apresentar um Jesus Cristo mortal e apaixonado por Maria Madalena.
O eurodeputado social-democrata Mário David exortou hoje o escritor José Saramago a renunciar à cidadania portuguesa por se sentir "envergonhado" com as recentes declarações do Nobel da Literatura sobre a Bíblia.
No sítio pessoal na Internet, o vice-presidente do Partido Popular Europeu (PPE), eleito pelo PSD, escreveu hoje que José Saramago "há uns anos, fez a ameaça de renunciar à cidadania portuguesa. Na altura, pensei quão ignóbil era esta atitude. Hoje, peço-lhe que a concretize... E depressa!"
"Tenho vergonha de o ter como compatriota! Ou julga que, a coberto da liberdade de expressão, se lhe aceitam todas as imbecilidades e impropérios?", questiona o eurodeputado.
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