Sessão de treino virtual
-Meu capitão ja não tenho mais balas.
-Não faz mal , imagina que tens e continua a disparar.Um agente da Otoridade tem que se servir da imaginação. É o que se chama de treino virtual.
Enquanto o crime vai alastrando, e tornando-se cada vez mais violento e organizado no nosso País,nas nossas forças policiais que deviam estar preparadas para lidar com esse facto faltam munições para as armas.Qualquer dia é como no episodio da Guerra do Solnado para se ser Policia tem que se levar o armamento todo de casa.O crime esta limitado pela imaginação, as forças de segurança estão limitadas pela lei e pelo dinheiro para investimento.Enquanto assim for é facil perceber quem é o vencedor e o resto são cantigas.
Polícia sem balas para treinar tiro
A PSP está a ficar sem munições para as novas pistolas Glock 19, que foram recentemente distribuídas por todo o efectivo daquela polícia e da GNR. A situação ainda não atinge a actividade operacional, mas coloca em risco a a formação dos polícias, que poderão ficar, a curto prazo, sem dar uso às recém-criadas carreiras de tiro – ao todo sete, inauguradas já este ano pelo ministro da Administração Interna.
Isto porque não foi lançado atempadamente o concurso público para aquisição das munições 9 mm.
Ao que o CM apurou, no levantamento anual realizado pelo Departamento de Equipamentos da Direcção Nacional da PSP verificou-se não existir stock suficiente de munições capaz de suportar no futuro a formação de todos os agentes. Agora, só um novo concurso público poderá resolver o problema.
Depois de lhes terem sido distribuídas as novas pistolas, um processo lento e polémico, os agentes vêem comprometida a formação prática de tiro, onde gastam a maioria das munições: são distribuídas 25 balas por cada um dos mais de 20 mil polícias.
Por ano, os agentes da PSP têm pelo menos uma sessão de formação, com as componentes teórica e prática. É nesta última que são sujeitos à avaliação que determina a certificação para poderem usar a arma de serviço. A Associação Sindical dos Profissionais de Polícia (ASPP) e o Sindicato de Profissionais de Polícia (SPP) estão preocupados. “A Direcção Nacional deve resolver o problema o mais rápido possível, porque isto vai afectar todos os comandos”, diz ao CM Paulo Rodrigues, presidente da ASPP.
Já António Ramos, do SPP, diz ser “inadmissível” a falta de balas. “Deve ser um dos investimentos principais e se uma sessão de formação por ano é pouca imagine-se se daqui a uns meses não pode prosseguir por falta de munições.”
O CM pediu esclarecimento sobre a situação à Direcção Nacional da PSP, mas não obteve resposta em tempo útil.
PORMENORES
MUNIÇÕES NA GNR
Tal como a PSP, os militares da GNR receberam as mesmas armas Glock 19. Até à hora de fecho desta edição não foi possível apurar se a GNR tem o problema de falta de munições.
EXÉRCITO TEM STOCK
A contrastar com a actual situação da Polícia está o Exército, que tem actualmente um stock suficiente de munições de armas.
ATRASO NAS ARMAS
ASPP diz que atraso na entrega das armas por parte do MAI poderá ter criado o problema.
NOVAS ARMAS ATRASADAS E RECOLHIDAS
As novas pistolas distribuídas às forças de segurança causaram problemas desde o início. Depois do atraso na entrega, que causou uma onda de críticas por parte dos agentes da PSP e militares da GNR, vieram todos os problemas de formação das próprias armas. Recorde--se o problema com a patilha de segurança no lado direito da arma que levou à primeira recolha das Glock 19. O Governo acordou com o fabricante a colocação de uma patilha extra que se constatou posteriormente causar quedas do carregador em situações de tiro. Aí, o Ministério da Administração Interna ordenou uma nova recolha gradual das armas. Até Setembro já tinha sido entregues 17 750 armas (8875 a cada uma das forças).
DISCURSO DIRECTO
'DANOS SÃO INCALCULÁVEIS', Paulo Rodrigues, Presidente da ASPP
Correio da Manhã – Quais as consequências directas da futura falta de munições?
Paulo Rodrigues – As consequências são incalculáveis. O atraso na formação pode pôr em causa toda a actividade da PSP e vai provocar o descontentamento generalizado entre os agentes.
– Que medidas é que devem ser tomadas?
– Agora é lutar contra o tempo e esperar pelo concurso público. Houve uma falha e tem de se averiguar como é que uma questão tão essencial na PSP não foi avaliada previamente.
13/11/2009
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